Washington D.C - Departure to São Paulo - Natal - 29/01/2011

Acordamos e fomos tomar café. Faríamos hoje o último diálogo com o Dialogue Group. A Cari, como sempre, foi a orientadora do meu grupo. 

Eu sentei no sofá assim como os meus amigos YA's. Ela agora nos questionou sobre assuntos que se basiavam na nossa volta para casa, sobre as nossas perspectivas para o futuro. Amei ver o que cada um falou aqui. O Dimas foi operado na noite anterior, o do Talent Show, mas mesmo assim estava lá conosco, meio inerte, todavia utilizou-se das palavras como sempre para passar toda sua emoção em sua conclusão. 

Cari do Staff da World Learning dentro do 4-H

A Cari pediu depois para que fizéssemos um cartaz com os pensamentos que tínhamos antes do programa, durante ele, e o depois. Fizemos e cada Jovem Embaixador que estava no meu Dialogue Group explicou o que havia escrito. Ao final dessa última atividade fomos pegar as nossas malas. Era hora de dizer adeus para o 4-H. Fomos colocando as nossas malas no ônibus. A Mellisa não iria conosco até o aeroporto. Entramos e ficamos olhando pela janela ela na escada do 4-H, acenando. Ouvia-se pessoas chorando dentro do ônibus.

Parte do meu Dialogue Group conversando

Eu em frente ao meu cartaz

Passamos bom tempo dentro do ônibus. Um amigo do Simon entrou nele no meio do caminho e cantou para nós a música "My land is your land." Nossa parada seria em um restaurante brasileiro. Tive a oportunidade de comer feijão e arroz antes de voltar para casa. 

Eu no restaurante

Seguimos para o Capitol, onde tiraríamos as últimas fotos do grupo. Chegando lá descemos do ônibus e passamos uns 30 a 40 minutos. 

Eu em frente ao U.S Capitol

Voltamos para o ônibus e já era praticamente final de tarde. Nos despedíamos de Washington assim como o sol se despedia de nós.

Monumento a Washington visto da janela do ônibus 

Memorial Thomas Jefferson

Vista do céu em Washington

Pentagono visto da janela do ônibus quando estávamos indo para o aeroporto

Chegando no aeroporto, fizemos check-in e fomos para uma das partes mais difíceis: Dizer adeus. Era ali que deixaríamos as pessoas que fizeram parte desse sonho e que nos ajudaram tanto nos Estados Unidos. O staff do World Learning também direcionaram algumas palavras para nós. Abracei cada um e agradeci novamente, assim como todos os Jovens Embaixadores. 

Passamos pelos seguranças e fomos para o portão de embarque. Enquanto o horário da decolagem do nosso voo não chegava, fui comer algo com a Jordana. 

Eu e a Jordana comendo dentro do aeroporto

Voltamos para o portão de espera até serem autorizadas a entrada dos passageiros. Entramos e esperamos o avião decolar. Estávamos indo para casa! Senti o avião deixar o solo, e agora, literalmente, saímos de solo americano. Escutava alguns Jovens Embaixadores chorando, e também não me contive quando vi as luzes de Washington D.C pela janela. As lágrimas correram aos meus olhos. Havia concluído um sonho, o maior de todos da minha vida até aquele momento. Não sei o que acontece, mas minha mente gosta de flash-back, e fiquei pensando novamente o que tinha ocorrido. A missão estava cumprida. Havia gravado umas 10 horas de fita para a produção do Caldeirão do Huck, tanto como tinha feito o meu melhor para representar o meu país. 

Eu dentro do avião

Washington D.C

Vista de Washington D.C pela minha janela

Vista de Washington D.C pela minha janela

Aquilo tudo ocorreu mesmo em três semanas? Impossível aos nossos olhos! Só quem passa pela mesma experiência sabe do que falo. Essas três semanas são responsáveis por mudar todas as nossas vidas daqui em diante. O futuro seria meio que incerto daqui para frente, senti isso. Apenas tinha certeza de que cada pessoa que havia participado dos Jovens Embaixadores tinha o potencial para se dar muito bem na vida, e além disso, continuar com a missão que, para mim, é intrínseca a um um Jovem Embaixador: ajudar aqueles que precisam, que de uma forma ou de outra ainda não puderam mostrar seu potencial e se desenvolverem. Adormeci imerso em meus pensamentos.

Quando acordei estava sobrevoando o solo brasileiro. Há poucas horas estaria em São Paulo e cada Jovem Embaixador iria para casa.

Pela manhã desembarcamos. Mal saímos do portão de embarque e o Gilmar tanto como aqueles que moravam em São Paulo já pegavam seu caminho de volta para casa. Não tive a oportunidade de me despedir de Janailton nem dele, por exemplo. À medida que os horários dos voos chegavam, batíamos palmas, nos abraçávamos e nos despedíamos. Estávamos esperançosos pelo encontro de avaliação do programa que ocorreria em março. O Marcos Hirata da Embaixada estava conosco assim como o Jovem Embaixador 2010 Nietzsche. Eu fui um dos últimos a ir embora com o Déberth. Quando chegou nossa hora abracei todos que lá se encontravam. A Eva foi até a fila e gritou com lágrimas as olhos: "Até abril, Sonho. Te amo!". Nunca vou me esquecer disso. Nunca vou me esquecer da maneira carinhosa que todos me chamavam, de sonho. Nunca vou esquecer do que havia feito para estar ali e ter compartilhado tantos momentos bons com todos os Jovens Embaixadores, mas agora era hora de ir!

Eu, Deberth, Alexandre e Renato no aeroporto

Renato, eu e Beatriz

Eu e o Denis

Cheguei em Natal a noite com o Déberth. Minha mãe foi me buscar no aeroporto. Me despedi de Déberth e segui para casa. A missão definitivamente estava cumprida, estava em casa, feliz por tudo o que havia acontecido! O sentimento e a responsabilidade de um Jovem Embaixador nunca morreriam.

Washington D.C - 28/01/2009

Exaustão. Essa era a palavra certa para descrever o que sentia, mas pensando pelo lado que esse era meu penúltimo dia nos EUA me fez levantar cedo pelo 4-H com a Lunara Lima e Bárbara. Andamos por muito tempo, tirando fotos um dos outros até o horário do café da manhã. Quando o grupo se reuniu por completo fomos pegar o ônibus.

Eu e a Lunara Lima

Eu e Bárbara

Eu em frente ao 4-H

Eu e a Tracy na parada de ônibus

Jovens Embaixadores dentro do ônibus

Andamos até o escritório do World Learning. Chegando lá, começamos a arrumar o local para fazermos a apresentação. Demos os últimos retoques nos cartazes e esperamos o pessoal do Departament of State chegar.

Eu e a Ana trabalhando no nosso cartaz

No início da apresentação o grupo foi introduzido pela Jovem Embaixadora Camille Mota Lima. Seguimos para os nossos locais. Apresentávamos os action plans e também víamos os dos outros grupos com o método desenvolvido pela Mellisa. (clique aqui para saber mais sobre todos os action plans. O do desenvolvido pelo meu grupo foi o 4S + I)

Ao final, quando todos terminamos a apresentação sentamos todos ao chão. A Cari, juntamente com a Jennifer Phillips do Departament of State, Peter Simpson da World Lerning, e todo o Staff que trabalho conosco iriam nos entregar o certificado de conclusão do programa. Nesse momento veio que tipo um flashback. Lembrei o que a coordenadora estadual do Jovens Embaixadores, Vera Reis, havia nos passado na prova escrita na seleção.

"Do not run trhough life so fast that forget not only where you have been, but also where you are going. Life is not a race, but a journey to be savored eachstep of the way"

Pois bem, estava eu lá, revendo tudo o que tinha passado para chegar onde cheguei. Em poucos segundo me lembrei da trajetória, das pessoas que me ajudaram, do que havia vivido nos Estados Unidos, do sonho que havia se realizado. Confesso que é muito difícil para mim colocar em palavras o que senti naquele momento. 

Eu com o meu certificado de conclusão

Ao final, organizamos tudo novamente e fizemos uma avaliação do Departament of State  sobre o programa. Voltamos para o 4-H onde teríamos um talent show. Jantamos pela primeira vez no 4-H (Nós só havíamos almoçado ou tomado café lá) e fomos nos preparar para o grand finale.

4-H a noite

Fomos para uma sala no subsolo do 4-H, onde cada Jovem Embaixador teve o direito de se expressar com o que sabia fazer de melhor. Não sabíamos como seria a abertura, até que começou a tocar Lady Gaga e o staff da World Learning entrou na sala dançando fantasiado. Os Jovens Embaixadores foram a loucura! Depois da apresentação deles o Gilmar Matos fez suas congratulações ao grupo; Denis do Acre cantou; eu e a Eva Marco dançamos; o Ítalo imitou perfeitamente o Julio Galhardi; a Manuela Valente cantou e dançou; Maysa também dançou balé; o Gabriel e a Layse jogaram capoeira; os Immersioners Renato Dornelas, a Ana do Amazonas, a Emanuela, o João Alcim, a Layse, a Bárbara de Andrade e a Beatriz cantaram; o Simon contou uma história do livro Horton Hatches the Egg ( que era enorme e que havia decorado por completo - chocante!), dançamos em grupo, enfim, fizemos valer o nosso penúltimo dia nos Estados Unidos.

Staff do World Learning entrando na sala *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Maysa dançando *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Jovens Embaixadores vendo o talent show *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Emanuela dançando *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Eu e Eva dançando *-*

Denis Tavares cantando

Gilmar Matos fazendo suas congratulações para o grupo

Eu e Lunara Farias

Laysa Martins e Gabriel 

Eu e a Tracy do staff da World Learning

Simon contando a história

Denis, Ana Carolina e eu

A felicidade não cabia dentro de mim, pensar que havia concluído o que queria há tanto tempo me fazia muito bem. Ao final de tudo o staff da World Learning dançou novamente Lady Gaga, e fechamos a apresentação.

Vídeo do Staff da World Learning dançando

Foto de todo o grupo ao final das apresentações

Eu e todo o Staff da World Learning ao final do Talent Show

Saímos da sala e brincamos um pouco fora do 4-H de neve. Depois ficamos no subsolo, onde tem a sala de jogos e as máquinas de refrigerante e de doces. Ficamos lá por um bom tempo, até que chegou a hora de ir para cama. O dia havia acabado, assim como o programa. Amanhã voltaríamos para casa e selaríamos um dos melhores momentos de nossas vidas.

Washington D.C - 27/01/2011

Acordamos cedo e fomos logo nos arrumar. Correria pelos corredores do 4-H. Todos atrás de ferro de passar, acessórios para usar, afinal, iríamos encontrar nada mais nada menos do que Hillary Clinton. Depois de me arrumar e vestir o terno fui tomar café.

Entrada principal do 4-H coberto de neve, devido a tempestade de ontem.

Eu na entrada principal do 4-H

Eu e Gilmar Matos, um dos nossos coordenadores brasileiros na recepção do 4-H

Antes de irmos para o Department of State fizemos uma simulação de um encontro entre países nas Nações Unidas. O conflito se daria através de um empasse criado pelos representantes do Reino Unido para a invasão de um país na África, chamado Zimbabwe.

Zimbabwe era controlada pelo governo britânico. Eu e a Joeli ficamos responsáveis por representar o UK. Nosso papel seria representar o pais a fim de argumentar que o presidente, Mugabe, tratava a população. Deveríamos convencer que nos próximos 6-12 meses o país de Zimbabwe seria destruído com uma catástrofe humanitária, com mortes causadas por fome, pobreza e doenças. Nós, em linhas gerais, deveríamos convercer outros países a se juntarem a nossa causa e invadir o território, discordando totalmente dos Jovens Embaixadores que representariam a Rússia e a China, que argumentariam que isso era um problema interno, e que os países não deveriam interferir, enquanto os Estados Unidos não apoiariam a idéia. Dentro do grupo ainda haviam países convidados, como o Brasil, por exemplo, e uma ONG que trabalha no país de Zimbabwe. Ela também não apoiaria o UK.

Simon dando as diretrizes para a nossa simulação

Achei a experiência maravilhosa. Simular um encontro nas Nações Unidas e ver como realmente é o comportamento dos países dentro de um conflito, e como é chegada uma solução, foi bastante enriquecedor. Realmente as coisas não são fáceis. Argumentos iam e viam, contra e a favor do Reino Unido.

Jovens Embaixadores na simulação

Ao final dessa simulação, a Cari veio ao grupo e falou os nomes das pessoas que fariam as perguntas diretas a primeira Secretária e a comitiva que lá estaria. A Emanuela Fernandes Valente, do Paraná, ficou encarregada de agradecer em nome de todo o grupo.

Voltei para o hall do 4-H, onde fiquei esperando com o pessoal o ônibus chegar para seguirmos viagem ao Departament of State. Quando ele chegou, passamos ainda no centro de Washington para almoçarmos. Comi sandwich (morrendo de preocupação para o catchup não cair em cima do terno). Passada uma hora nós pegamos o ônibus locado novamente. Fomos orientados a deixar tudo eletrônico dentro do ônibus. Não entraríamos dentro do prédio se carregássemos uma câmera digital mesmo.

O ônibus parou em frente ao prédio onde fica o Departament of State e esperos por longos minutos. Fomos liberados a descer. Entramos pela porta lateral, onde havia os guardas e aparatos tecnológicos para nos escanear os nossos corpos (O que acontece dentro dos aeroportos também). Saindo da sala entrávamos direto no salão principal do prédio. Nos entregaram crachás de visitantes e esperamos todo o grupo de Jovens Embaixadores passarem pelos seguranças.

Quando todo o grupo estava reunido, perguntaram antes se havia alguém que queria ir ao banheiro ou beber água. O grupo que aceitou foi levado, enquanto os que permaneceram foram levados para a sala onde seria o encontro. A impreção que tinha era de que estava dentro de um labirinto, se me soutassem ali dentro não acharia a saída facilmente. Os corredores eram enormes, e quase que não se viam pessoas andando neles. Estava deslumbrado, pois aquele era o local onde várias pessoas do alto escalão do governo americano trabalham, e eu estava lá, prestes a ver políticos e pessoas tão influentes como a Hillary Clinton.

Subimos algumas escadas, depois pegamos um elevador e pegamos o corredor a direita, onde havia uma porta aberta. Quando me dei conta os todos os Jovens Embaixadores estavam lá. Seguimos em frente, onde havia uma sala linda, com um lustre ao teto, quadros ao seu redor, e uma porta de madeira, lustrada. Entramos e fizemos uma fila lateral em frente a porta. Haviam muitas pessoas na sala, pessoas da World Learning, como a Cari e a Tracy, outras do Departament of State, a produção do Caldeirão do Huck, fotógrafos... Todos do lado oposto ao nosso. Ficamos conversando, eu ao lado do Lucas Alves e do Alexandre. Além disso,  the Undersecretary for Hemispherical Affairs Arturo Valenzuela, também veio conversar com o grupo, tanto como Judith A. McHale. Eles perguntaram como fora a nosa estadia nos E.U.A.

Arturo Valenzuela falando com os Jovens Embaixadores *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Arturo Valenzuela falando com os Jovens Embaixadores *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

Quando todos estavam bem entusiasmados acontece! Meio que do nada e sem aviso prévio a própria Hillary Clinton abre a porta e se direciona aos Jovens Embaixadores. (A entrada dela não foi anunciada e do nada todos pararam de conversar).

Vídeo da Hillary Clinton com os Jovens Embaixadores

Terminado de responder as perguntas os Jovens Embaixadores ficaram em grupo com diferentes pessoas do Department of State. Ann Stock, Assistant Secretary of State for Education and Culture Affairs - Secretária de Estado Adjunto para Assuntos Educacionais e Culturais, ficou no grupo onde estava. Conversamos sobre o que nós havíamos aprendido nos Estados Unidos, sobre os problemas sociais que ambos Brasil e Estados Unidos enfrentam e trabalho voluntário (citei até o GACC, ONG onde trabalho).

Ann Stock falando com Jovens Embaixadores *Foto Embaixada dos Estados Unidos*

O Hyago também agradeceu em nome do grupo. Passado um tempo fomos levados novamente para o térrio. Fiquei imprecionado como eles estavam realmente interessados em escutar sobre as nossas experiências nos Estados Unidos e opiniões. Aliás, um encontro como esse era o que estávamos esperando desde que chegamos nos EUA. Na saída o Júlio Galhardi nos entregou bandeiras do Brasil. Saímos do Departament of State com elas nas mãos.

Jovens Embaixadores no lado de fora do Departament of State

Esperamos um pouco no lado o ônibus chegar. Iríamos ao shopping jantar. Um longo caminho percorrido até chegar lá, onde ele se localizava, do outro lado da cidade, todavia Washington sempre recompensa seus visitantes. Passamos por vários pontos, como o Pentagono e o Memorial Thomas Jefferson.

Foto tirada da janela do ônibus

Memorial Thomas Jefferon

Pentagono

Chegando lá descemos do ônibus e entramos no shopping. A cari e o staff do World Learning marcou o local onde deveriamos nos encontrar e o horário.

E e a Manu dentro fora do Shopping

 Andei com o Dimas, o Hyago e o Renato Dornelas. Comi algo e fui em muitas lojas com o pessoal. Esperamos a hora para reencontrar o grupo. 

Eu e o Dimas dentro do Shopping

Alexandre, Renato, eu e a Beatriz Costa

Voltamos para o 4-H. A última atividade do dia foi feita com a Mellisa. Ela nos orientou mais uma vez com os nossos action plans. Fizemos cartazes para exemplificar as nossa idéias para mostrarmos amanhã no encontro no Office do World Learning. Além disso, ela falou como seria a apresentação dos Action Plans dentro do World Learning, e quem estaria presente para prestigiar a apresentação.

Mellisa falando com Jovens Embaixadores sobre Action Plan

Cartaz explicativo sobre rodízio que ocorreria no office do World Learning

Terminado a tarefa fui para o quarto dormir, relembrando as coisas que aconteceram hoje. Dia memorável para todos os Jovens Embaixadores, sem sombra de dúvida.